quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A última do nazi-petismo(?)


Recebi uma mensagem, enviada para outros 229 endereços de e-mail (!), com o conteúdo abaixo:

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Subject: FHC
Date: Wed, XX Apr 2011
Beltrano,
Para guardar e mostrar para seus alunos de História.
Abços.
Fulano de Tal
XX (XX) 9999-9999
CRECI – XXXXXX
Compromisso com a Verdade
Caso queira cancelar o e-mail - Informe-nos! Obs. Esta mensagem constitui informação privilegiada e confidencial, legalmente resguardada por segredos profissional, nos termos do art. 7º, inc. II, e ss. da Lei nº 8.906/94, referindo exclusivamente ao relacionamento pessoal entre remetente e o destinatário, sendo vedada a utilização, divulgação ou reprodução do seu conteúdo.
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Em anexo à mensagem, havia dois arquivos .doc com diversas críticas ao governo FHC. Não reproduzi o conteúdo dos arquivos, mas mandei uma resposta para todos os endereços da lista que era mais ou menos assim:

Se você recebeu esta mensagem, é porque, assim como eu, foi vítima de propaganda política viral. Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, afirmava que era necessário mentir repetidamente até que a mentira virasse verdade. Quem assistiu ao filme O menino do pijama listrado conheceu um ótimo exemplo de como os nazistas caprichavam na inversão da realidade, pois sua propaganda pintava os campos de concentração como lugares onde os judeus eram felizes e bem tratados. No Brasil, o PT faz exatamente a mesma coisa, sem tirar nem por. Mente repetida e descaradamente sobre as privatizações, sobre corrupção, sobre o PROER, sobre o Plano Real, sobre o Bolsa Família, sobre a política de alianças, sobre medidas provisórias, sobre os indicadores sociais, etc. Foi gente do PT quem nos mandou esse SPAM anti-FHC? Não tenho como provar, mas há motivos para achar que sim. É largamente noticiado que o PT paga pessoas para aparelharem blogs de notícia e espalharem propaganda viral na internet. E esse é o partido que vive de difamar o governo FHC.

Agora vemos uma nova modalidade desse tipo de jogo sujo: mandam mensagens de e-mail com propaganda política, mas avisam que os recebedores do material não podem utilizá-lo, divulgá-lo e nem reproduzi-lo por se tratar de “informação privilegiada e confidencial, legalmente resguardada por segredos profissional” (sic). E o engraçado é que, embora supostamente confidenciais, as informações são repassadas para centenas de endereços de uma vez e mesmo sem terem sido solicitadas pelos destinatários...

Ou seja, quem lê as mentiras e é trouxa de acreditar passa adiante (inclusive para os adolescentes na escola), como é próprio da propaganda viral; já as pessoas que lerem e tiverem argumentos e evidências para discordar são ameaçadas de sofrer algum tipo de punição legal se não permanecerem caladas. Não podem reproduzir e criticar os textos em blogs, sites, redes sociais, etc. A mentira se espalha sem nunca ser contestada. Bem bolado, não? Se a internet existisse no tempo dos nazistas, Goebbels faria igualzinho.

OBS.: Publicado originalmente em 3 de junho de 2011 no site Geografia em Debate

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