Décadas antes de Lula aderir ao marketing "paz e amor", Eduardo Suplicy já destoava da grande maioria dos petistas por fazer pose de bom moço. Aparecia sempre como um esquerdista de ideias moderadas, amigo da democracia, honestíssimo, responsável e até ingênuo demais para um político. Dizia coisas tão cândidas (como a proposta de transformar a Escola Superior de Guerra numa "Escola Superior de Paz"...) que lembrava uma ovelha no meio dos lobos. Só quando abria a boca em debates televisivos é que o seu atrapalhamento na organização das ideias, assim como a constrangedora falta de agilidade argumentativa, viravam a imagem de bom moço no estereótipo do parvo.
O jornalista Leandro Narloch, em seu Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, avisa que "já é hora de jogar tomates na historiografia politicamente correta". Este blog faz a mesma coisa com a geografia e o sistema de ensino atuais, que carregam os mesmos vícios. E está explicado o título do blog. Por Luis Lopes Diniz Filho
sábado, 25 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
A melhor crítica cultural está em The í-Piauí Herald
Para variar, em vez de jogar tomates, vou dar uma dica de blog bem-humorado que andei lendo estes dias. Está no site da Revista Piauí e traz artigos que satirizam muito bem o nosso jornalismo cultural. Mas, ao invés de fazer comentários sobre o que li, vou apenas indicar alguns artigos que achei particularmente engraçados e inteligentes. Afinal, os títulos dos artigos já mostram muito bem essas qualidades:
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
As idiotices da Conceição Tavares
A economista Maria da Conceição Tavares possui três características notórias: o endeusamento de seu brilhantismo acadêmico por parte de muitos economistas brasileiros (em especial, os da Unicamp); o jeito sempre enfezado de falar (realçado pelos palavrões cabeludos que diz nas palestras em locais fechados); e o modo como vive a chamar todos os economistas que discordam dela de "burros", "beócios", "energúmenos", "idiotas", e assim por diante.
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Aziz Ab'Saber defende ideia medieval
Não há dúvida de que Ab'Saber é um dos melhores cientistas brasileiros, com merecido reconhecimento nacional e internacional. Mas a sua excelência como estudioso da natureza não faz dele uma autoridade em assuntos políticos e socioeconômicos. Assim, do mesmo modo que acontece com Noam Chomsky e outros cientistas importantes em suas respectivas especialidades, Ab'Saber acaba sendo instado por jornalistas a falar de assuntos sobre os quais tem apenas convicções ideológicas, e nada mais do que isso.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Chico de Oliveira: erros em série não afetam prestígio acadêmico
O sociólogo Francisco de Oliveira, que foi também um dos fundadores do PT, e hoje milita no PSOL, é uma dessas figurinhas carimbadas em trabalhos acadêmicos de geografia, urbanismo e nas páginas da Folha de São Paulo. É um daqueles "sábios" que, como diz Alain Caillé, nunca se demitiram da função de pensar nosso tempo e de dizer “o possível e o desejável”.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Nossos intelectuais não pedem demissão!
Fui à biblioteca pegar um livro de epistemologia e acabei descobrindo um outro sobre o mesmo assunto cujo título me chamou atenção. Trata-se de A demissão dos intelectuais: a crise das ciências sociais e o esquecimento do factor político, escrito por Alain Caillé. O autor é um desses intelectuais franceses de esquerda inconformados com o que consideram ser uma despolitização das ciências sociais e da filosofia, a qual teria ocorrido principalmente a partir dos anos 1980. Logo na Introdução, ele explica:
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
É mentira que a agricultura familiar produz a maior parte do alimento consumido no Brasil
Comentei em um post anterior sobre as mentiras que a geografia vem divulgando em artigos científicos, livros didáticos e salas de aula nas últimas décadas. A primeira delas está na afirmação de que as grandes propriedades só produzem commodities para mercados externos e matérias-primas industriais.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Mais umas coisas sobre Raquel Rolnik e outros maus perdedores do planejamento
Quando eu disse que Rolnik é um desses maus perdedores do planejamento urbano (ver aqui), faltou dar um exemplo de como ela reproduz o pensamento dogmático dos geógrafos urbanos e urbanistas inspirados pelo marxismo. Há uns bons anos, eu assisti a uma palestra dessa senhora em que ela afirmava que os problemas urbanos geralmente atribuídos à “falta de planejamento” eram, na verdade, resultados da aplicação de um determinado tipo de planejamento ligado aos interesses dominantes...
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
A geografia agrária só mudou de rótulo
Os estudos de geografia que tratam do rural já receberam várias denominações, como geografia agrária, geografia rural, e assim por diante. Sob a influência da geocrítica, o rótulo mais utilizado tem sido geografia agrária, a qual, de modo semelhante ao que ocorre com o conceito de sistema agrário, põe ênfase nos elementos econômicos envolvidos pela atividade agropecuária, tais como estrutura fundiária, renda da terra e relações de trabalho no campo.
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