domingo, 24 de novembro de 2013

Ônibus interestadual caro explica a diferença entre PT e PSDB

Como dizem economistas como Allan Greenspan e Paulo Guedes, a diferença entre liberalismo e socialdemocracia é que a primeira corrente enfatiza a importância da eficiência econômica como meio para combater a pobreza e melhorar a qualidade de vida, enquanto a segunda enfatiza a necessidade de instituir mecanismos de distribuição de renda externos ao mercado para chegar a esses resultados. Seguindo basicamente a mesma linha de raciocínio, o cientista político Alberto Carlos Almeida afirma que o PSDB é um partido de "centro-direita", por sua preocupação com a eficiência econômica, enquanto o PT é um partido de "centro-esquerda", já que mais preocupado com a questão da igualdade. Hummm... 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Resposta à propaganda do Colégio Medianeira

Não há dúvida de que a crítica do preconceito é um tema cultural e político importante, mas, quando realizada pelas lentes ideológicas dos inimigos do mercado, acaba levando a pelo menos dois tipos de distorção: o uso de acusações injustas de preconceito para difamar adversários políticos e proteger os "companheiros" de quaisquer questionamentos; e a conversão da hipótese de que o preconceito pode ser a causa de desigualdades reais ou supostas num dogma usado para explicar aprioristicamente toda sorte de diferenças entre indivíduos, especialmente as econômicas.

domingo, 10 de novembro de 2013

A esquerda gigolô do feminismo

A edição de outubro da revista Piauí traz uma matéria que homenageia o talento, a luta política, o humor anárquico e até a genialidade do cartunista e jornalista Henfil, morto há 25 anos (acesso aqui, mas só para assinantes). Sem perceber que estava fazendo um quarto de século que ele morreu - fração de tempo que enseja comemorações e rememorações, tanto quanto a "mística do número redondo", de que falava Carlos Drummond de Andrade -, escrevi alguns posts sobre Henfil neste blog. Meu objetivo, porém, era mostrar um outro lado desse autor, tomando-o como exemplo máximo de um viés de pensamento fascistoide muito típico da esquerda brasileira: a presunção de superioridade moral, manifesta na tendência a acreditar que qualquer pessoa que discorde das teses defendidas pelos esquerdistas só pode ser mau caráter.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O mal do Brasil são os posseiros do Estado, Miriam Leitão

Miriam Leitão é, sem dúvida, uma das vozes que batalham para dar racionalidade aos debates públicos sobre questões econômicas. Daí a importância do seu trabalho jornalístico, especialmente num país como o Brasil, cujo Estado segue eternamente dominado pela demagogia desenvolvimentista ou nacional-populista. Por essa razão, ela é um dos alvos dos petralhas que agem a soldo na internet ou em blogs e sites financiados por estatais do governo federal, os quais se dedicam à difamação dos que ousam fazer qualquer crítica ao PT - só para dar um exemplo, o Blog da Dilma já apelou até para o racismo ao atacar Joaquim Barbosa, publicando a foto dele ao lado da foto de um chimpanzé... 

Apesar disso, Miriam Leitão foi profundamente injusta e covarde ao publicar recentemente um artigo no qual acusa a suposta existência de uma "direita hidrófoba", representada por pessoas como Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino, que se igualaria àquela gente "muito bem patrocinada pelos anúncios de estatais" na prática da difamação de adversários e do uso de argumentos emburrecedores. Mas não vou repetir as críticas feitas por Reinaldo Azevedo ao texto de Miriam, as quais são um primor de argumentação (ver aqui). 

domingo, 3 de novembro de 2013

Chega de leituras ideológicas da cultura indígena em sala de aula

Comentei num post anterior o texto Todo dia é dia de índio, do professor Giovani José da Silva, que traz ideias interessantes para o ensino da história e da cultura indígenas (aqui). Volto a esse trabalho para mostrar outras possibilidades interessantes que o tema traz para o ensino de história e também para alertar contra os usos ideológicos que se costuma fazer dele em livros de história e de geografia. Comecemos com esta passagem: