sexta-feira, 25 de abril de 2014

Geografia econômica corrige populismo e reivindicações interesseiras disfarçadas de "humanismo"

O modelo de von Thünen
Ponto central: o mercado urbano de alimentos
1. (branco) Frutas, hortaliças, leite e outros produtos de consumo diário
2. Produção de lenha
3. Produção de grãos
4. Criação de gado
Alguns conhecimentos básicos de geografia econômica são muito úteis para escantear argumentos baseados em raciocínios simplistas, os quais costumam disfarçar reivindicações particularistas sob o manto de uma alegada preocupação com o bem comum. É o que se vê nos parágrafos abaixo, publicados por um licenciado em geografia, que é também agricultor ecológico, na área de comentários deste blog:

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sempre tentam interditar o debate sobre a geografia crítica

Nos últimos anos, eu tenho apontado as maneiras pelas quais os geógrafos contemporâneos evitam admitir a hegemonia da geocrítica e contornam a necessidade de debater aprofundadamente o que foi e o que é essa corrente do pensamento geográfico (Diniz Filho, 2002; 2013). Recentemente, um comentário publicado neste blog exibiu uma forma nova de interditar esse debate, conforme segue:

terça-feira, 8 de abril de 2014

Miguel Nagib: "Os fascistas de esquerda e o professor sem noção"


O coordenador do site Escola Sem Partido - ESP, Miguel Nagib, publicou um artigo na Gazeta do Povo que trata do recente episódio de invasão de uma sala de aula da Faculdade de Direito da USP por alunos que, conforme vídeo no Youtube, fizeram ele "calar a boca" aos berros. O artigo demonstra de forma irretorquível a má-fé desses professores doutrinadores e estudantes de esquerda que acusam o ESP de tentar substituir uma doutrinação ideológica esquerdista por uma doutrinação de direita. Já na abertura do artigo, a coerência da sua posição mostra-se cristalina.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

No que certos industriais se parecem com certos "camponeses"

Ao acusar o protecionismo industrial como uma das "vacas sagradas" que impedem a economia brasileira de crescer mais rapidamente, Fabio Giambiagi e Marcelo Nonnenberg recorrem à seguinte citação do escritor H. L. Mencken, frasista famoso pelo sarcasmo: "quando se ouve um homem falar do seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isso". E eles acrescentam: "a frase vem sempre à memória quando se ouvem as queixas contra a presença 'excessiva' de produtos importados no mercado" (2007, p. 176).

De fato, o discurso nacionalista não serve apenas a certas críticas de esquerda e de direita contra o livre comércio, mas também, e talvez até principalmente, aos interesses de grandes industriais que preferem se abrigar da concorrência internacional a correr o risco de competir abertamente. A Fiesp é o melhor exemplo de como grandes industriais podem ser os primeiros a se posicionar a favor do protecionismo e de outras formas de intervenção estatal na economia em nome do "interesse do país" em ter uma "indústria forte".

quarta-feira, 2 de abril de 2014

A inutilidade da "visão holística de natureza"

O sucesso da dita "visão holística" de natureza em certos meios acadêmicos e políticos influenciados por autores como Fritjof Capra deriva de três elementos discursivos principais: o uso de chavões fáceis de entender para "explicar" a relação homem/natureza; o apelo ao catastrofismo para induzir o público a aceitar qualquer tipo de proposta de "salvação do planeta"; e acusações muitas vezes hipócritas contra a "lógica do lucro" e as grandes empresas.

Este blog tem colhido exemplos bem evidentes desses vícios retóricos na área de comentários dos posts. Um desses comentários diz textualmente isto: