quinta-feira, 31 de julho de 2014

Santander: PT vai transformando o Brasil na Argentina

Ao analisar a possibilidade de o governo brasileiro reproduzir as políticas econômicas aplicadas nas gestões do casal Kirchner, o economista Fabio Giambiagi chamou a atenção para três questões cruciais. A primeira delas é que o "modelo argentino" era inaplicável no Brasil, em vista das enormes diferenças entre os dois países quanto ao grau de endividamento externo e à conformação de seus sistemas financeiros, entre outras. A segunda é que, ao contrário do que podia parecer, as políticas que garantiram o bom crescimento econômico da Argentina após a moratória de 2001 não foram tão heterodoxas quanto pareciam à primeira vista - a Argentina chegou a ter superávit nominal nas contas públicas, enquanto o Brasil amargava um déficit igual a 3% do PIB. E a terceira questão a considerar é política: na Argentina, as instituições conferem mais poder ao Executivo e a sociedade é mais tolerante com atitudes autoritárias do que no Brasil (Giambiagi, 2007).

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Cultura estatista é fator de atraso para o Brasil

O livro O mistério do capital, de Hernando De Soto (2001), é leitura obrigatória para qualquer um que quiser conhecer uma explicação científica para as diferenças de desenvolvimento entre países alternativa às teorias e ideologias imperialistas que infestam a política latino-americana. Esse autor afirma, com base numa extensa pesquisa histórica, que a chave do desenvolvimento está em um país consolidar as instituições que são fundamentais para estimular indivíduos e empresas a investir capital, sendo a mais importante dessas instituições o direito de propriedade. É necessário haver um sistema integrado formal de representação da propriedade, ou seja, um conjunto padronizado de leis e instituições que asseguram o direito de propriedade e que tornam os possuidores de imóveis urbanos e rurais responsáveis pelo uso que dão a esses bens. Adicionalmente, é preciso que as leis que regulamentam a operação de empresas privadas sejam simples e que os procedimentos burocráticos envolvidos na abertura e fechamento de empresas, no pagamento de impostos, na obtenção de alvarás de funcionamento, entre outros, sejam ágeis e baratos.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Festa da Tomatina: 300 posts!

La Tomatina: a guerra de tomates da Espanha
Já faz alguns anos que mantenho este blog. O número de leitores não é grande, o que está dentro das minhas expectativas iniciais. Afinal, este é um blog que só fala de questões afeitas direta ou indiretamente ao meu trabalho. Nesse sentido, comecei o blog apenas para dispor de um meio de divulgar informações e argumentos que seja mais rápido e flexível do que a publicação de trabalhos acadêmicos.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

O Brasil na globalização: crítica a Milton Santos

Recentemente, tive o prazer de orientar uma dissertação que reavaliou criticamente as ideias de Milton Santos sobre a globalização. Depois, eu e o orientando, Fernando Antonio Salomão Loch, escrevemos um artigo que acabou de ser publicado (Cf.: LOCH, F. A. S.; DINIZ FILHO, L. L. O Brasil na globalização: crítica à perspectiva de Milton Santos. Revista Geografar, v. 9, n. 1, p. 65-99, jun. 2014). Sendo assim, aqui vai um pequeno resumo.