sexta-feira, 27 de março de 2015

CQD: André Singer mostra que hipocrisia é inevitável para intelectual petista

Comentei num post recente que o pressuposto marxista da integração entre teoria e práxis, ao desembocar na ideia de "intelectual engajado", como se dizia antigamente, ou de "intelectual militante", como se diz hoje em dia, empurra os intelectuais de esquerda para posicionamentos claramente hipócritas no âmbito dos debates públicos. Pois acabei de ler na seção Sanatório Geral, do Blog do jornalista Augusto Nunes, uma frase de André Singer (filho do economista Paul Singer) que cairia feito uma luva como epígrafe daquele post. 

Vejamos a frase seguida do comentário mordaz de Augusto Nunes:

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25/03/2015

"Não temos como defender o governo, mas também não temos como não defender".


André Singer, cientista político filiado ao PT, ensinando o que deve dizer um cientista político filiado ao PT quando já não consegue enxergar a diferença entre um partido e uma organização criminosa.

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quinta-feira, 19 de março de 2015

Quando campanha pelo impeachment é golpe e quando não é

Um leitor mandou um comentário ao post anterior, que trata do possível impeachment de Dilma Rousseff, e eu avaliei que a resposta que escrevi merecia estar num post próprio.

Quando lemos o documento "Denúncia por Crimes de Responsabilidade Contra o Sr. Presidente da República, Fernando Affonso Collor de Mello", que serviu de base para a votação que derrubou ele, fica claro que já existem razões mais do que suficientes para, no mínimo, abrir investigação contra Dilma Rousseff. O documento citado está aqui:

De fato, a denúncia contra Collor alegou que: "O impeachment não é uma pena ordinária contra criminosos comuns. É a sanção extrema contra o abuso e a perversão do poder político. Por isso mesmo, pela condição eminente do cargo do denunciado e pela gravidade excepcional dos delitos ora imputados, o processo de impeachment deita raízes nas grandes exigências da ética política e da moral pública, à luz das quais hão ser interpretadas as normas do direito positivo".

domingo, 15 de março de 2015

Impeachment: relação entre teoria e prática faz dos intelectuais hipócritas


Marx e seus seguidores proclamam: "a verdade da teoria é a prática social". A maioria dos intelectuais brasileiros, ao menos na área das ciências humanas e sociais, concorda com Marx e é aliada do PT. O resultado disso, especialmente num contexto de inegável malogro das teorias de esquerda, é que os intelectuais agem de forma tão hipócrita quanto o partido e os "movimentos sociais" que eles apoiam.

Realmente, nossos doutores em economia, filosofia, geografia, sociologia, etc., foram a favor do impeachment de Collor (e ele mereceu mesmo perder o cargo), mas não pelos motivos certos. Intelectuais petistas não se preocupam com a corrupção ou com decoro do cargo. Tanto que, agora, usam a imprensa e as redes sociais para defender Dilma, mesmo com o tsunami de lama que vem devastando as estatais brasileiras desde a chegada de Lula ao poder e mesmo com todas as evidências de que  Lula e Dilma, no mínimo, sabiam de tudo e nada fizeram. 

Então, já que não posso escrever muito, dedico a imagem acima a Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, Marilena Chauí, Emir Sader e tantos outros que, no afã de integrar suas teorias fracassadas com uma prática política transformadora, não conseguem fazer mais do que reproduzir a hipocrisia desses militantes de partidos e de "movimentos sociais" de esquerda que julgam a ética dos governantes conforme as conveniências de sua causa... e de seus bolsos. 

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