sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Heidegger, o nazista, serve à direita e à esquerda

Recentemente, a academia foi abalada pela publicação do livro Heidegger: a introdução do nazismo na filosofia, de Emmanuel Faye. Esse autor retoma uma ideia que não é nova, qual seja, a de que a filiação do filósofo Martin Heidegger ao partido nazista não foi só um "erro" ou um ato de "ingenuidade política" do qual ele teria se arrependido depois, mas sim uma consequência necessária do seu pensamento filosófico. 

De fato, essa visão de Heidegger como um "nazista essencial" já havia sido defendida em 1988 por Victor Farias, e os admiradores de Heidegger (um dos filósofos mais influentes do século XX, com papel central na história do existencialismo) rebateram essa acusação com uma estratégia semelhante à usada pelos marxistas para isolar o pensamento de Marx do desastre socialista: foi "erro de interpretação", "falta de experiência", "afastamento do método dialético", etc. Nesse sentido, talvez a novidade trazida por Faye esteja em ele afirmar que toda filosofia heideggeriana não passava de discurso nazista elaborado em linguagem filosófica, além de basear essa tese numa documentação até recentemente inédita, como cartas escritas por Heidegger, conteúdos de cursos ministrados e uma série de cadernos onde ele fazia uma espécie de diário.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Zander Navarro: os seis temas mais importantes no novo mundo rural brasileiro

Concluindo o texto anterior (aqui), apresento as seis principais novidades do mundo rural brasileiro, tal como exposto por Zander Navarro na palestra que proferiu recentemente. Note-se que, à luz desse diagnóstico, a geografia rural e a geografia escolar são simplesmente patéticas!