terça-feira, 26 de abril de 2016

Bolsonaro é um fascistoide falastrão. PT é um partido que põe em prática ideias fascistoides

“Eu acho que tem que ficar cercado em torno do prédio dele e sair na porrada, Rui”.

Jaques Wagner, chefe do gabinete pessoal de Dilma Rousseff, numa conversa com Rui Falcão interceptada em 10 de março pela Polícia Federal, recomendando ao presidente do PT que, caso fosse decretada a prisão preventiva de Lula, comunicasse aos milicianos que os homens da lei deveriam ser respeitosamente tratados a socos e pontapés. Augusto Nunes, acesso em 19 mar. 2016.

Do Guia politicamente incorreto da história do mundo, de Leandro Narloch, li apenas o capítulo que trata do fascismo. O mais interessante nesse capítulo é que ele apresenta o resultado de uma pesquisa que foi organizada pelo autor para averiguar quais partidos brasileiros teriam maior afinidade com o pensamento fascista.

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Fato: menos filhos por mulher reduziu a pobreza e a desigualdade

Os economistas já debateram bastante as causas da queda da desigualdade de renda medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, queda essa que começou na segunda metade dos anos 1990 e durou até aproximadamente 2012. A maioria aponta os programas de transferência de renda, instituídos de 2001 em diante, como um dos fatores responsáveis pela desconcentração. Mas mesmo os defensores mais enfáticos dessas políticas estimam que elas responderam por cerca de um terço da queda da desigualdade ocorrida nos anos de 2001 a 2005 (quando esta foi particularmente rápida), posto que os outros dois terços são explicáveis por mudanças demográficas e no mercado de trabalho (Diniz Filho, 2013).

Bem, um pequeno problema com esses estudos, dos quais eu já tratei aqui e aqui, é que eles são trabalhos técnicos e, portanto, escritos em linguagem pouco acessível e com conclusões carregadas de nuances e estimativas. Daí a vantagem do Guia politicamente incorreto da economia brasileira, de Leandro Narloch, como fonte de divulgação de informações. Além de tratar do assunto em linguagem jornalística, esse livro, fiel ao objetivo de desmontar os discursos e propostas de gente que se julga bem intencionada por dar as costas à racionalidade econômica, enfatiza a importância da queda da natalidade e da fecundidade na redução da pobreza, da desigualdade e do desemprego. 

terça-feira, 5 de abril de 2016

Boicote de professores hipócritas à imprensa só pode melhorar o jornalismo

Recentemente, alguns pesquisadores se negaram a dar entrevista ao jornal O Globo sob a alegação de que as Organizações Globo fazem um jornalismo parcial, enviesado, mentiroso, e assim por diante. Seguindo a mesma linha de acusação, um grupo de professores e intelectuais organizou uma petição para que a comunidade acadêmica se recuse a dar entrevistas à Veja e a usar conteúdos dessa revista como fontes, a fim de não “conferir credibilidade intelectual a uma publicação que abandonou as práticas jornalísticas do contraditório e da investigação profunda e imparcial”.

Ora, a atitude desses professores e pesquisadores é triplamente hipócrita. Primeiramente, porque os professores que acusam a imprensa de parcialidade não se preocupam nem um pouco em ser imparciais e em dar voz ao contraditório quando lecionam, e ainda justificam essa prática de doutrinar os alunos repetindo os mantras "educar é um ato político" e "neutralidade não existe". Em segundo lugar, e mais grave ainda, a mesma universidade que organiza "grupos de pesquisa" para fazer patrulhamento ideológico da imprensa disfarçado de pesquisas científicas se recusa a pesquisar o problema da doutrinação teórica e ideológica no interior da própria universidade (Diniz Filho, 2013). Por fim, é público e notório que há várias décadas que pesquisadores universitários marxistas, socialistas e, na maioria das vezes, petistas, ocupam espaço na grande imprensa para publicar tudo aquilo que bem entendem.